Dos melhores concertos que já vi.
Nunca sei como as minhas bandas preferidas se comportam ao vivo e gosto de ir à surpresa e se já me estavam a escapar à anos, também encontrei-os na melhor fase deles.
Tinha pena se só o último álbum se fizesse ouvir e fosse pedido, não que não seja bom, adoro-o, mas porque a maioria podia não conhecer os anteriores, que apesar de depois ouvi-las em conjunto com as novas, se notam que (só) algumas músicas ainda eram verdes e que agora são bem capazes de melhor. E ao vivo também o demonstram.
No final da terceira música arrepiei-me todo. Era das que queria ouvir e pensei que ia ter que esperar mais.
Todas as músicas foram cantadas e gritadas, em duas estiveram completamente fora de tempo uns com os outros, a Banda é fantástica em palco, comunicam uns com os outros e com o público, o vocalista nota-se que é uma pessoa sensível e que fala com o coração e não sabe falar de outra maneira ou não 'despia' tudo da forma poética lindíssima como o faz e a sua presença em palco é de líder mas com classe e as manifestações físicas são as verdadeiras que saem e nota-se logo que a banda é de Nova York. É verdadeira (aqui estão uns gajos com quem bebiamos umas cervejas e nos divertíamos, qual Eddie Vedder).
Cada música é emotiva e ao vivo também, Matt ainda se misturou com o público a CANTAR (foi só ver o Campo Pequeno ficar vazio de um lado com todos a correr para ele, até de onde eu estava lá em cima) entrou completamente para dentro da plateia, noutra altura equilibrou-se na grade e segurou-se às mãos do público e depois deixou-se cair, deu um copo de água a alguém, fez um carinho no rosto de uma rapariga, procurou o contacto físico (talvez humano), voltaram duas vezes para nos dar o que faltava e para o que ainda faltava e terminaram em grande abandonando os microfones e tocaram com as guitaras acústicas desligadas e cantaram com os pulmões até nos ouvirem. O efeito arrepia. (já tinha visto os Coldplay e Bryan Adams a fazerem perto disto mas não largaram os micros)
Eu estive lá.
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