Queria gostar de ti como fazíamos mas perto, conhecer-te mais, arriscar e fazer qualquer coisa contigo, gostava de saber de ti e ver-te, conversar contigo, partilhar tudo. Queria namorar contigo, estava aqui para gostar de ti, dar-nos uma oportunidade, dar-nos vida e ganhar laços contigo, dar-te abraços e carinhos, sermos amigos, viver o amor que sentíamos, nos motivarmos e levar-nos a outros lugares, que nos divertíssemos, queria rir com as tuas piadas brilhantes (foi de propósito?), termos momentos juntos...
'Xau Xau - Presto - Sim - tu também'
Senti tudo o que era amor. sentia-me apaixonado quando pensava em ti.
Contribuías e davas tanto para o nosso namoro. Disponibilizavas tudo, o teu tempo, o teu esforço, íamos para tua casa, deste-nos carinhos, momentos e era bom estar bom estar contigo e ao ver essas coisas era algo que nunca iria trair ou gozar.
'Deixares cair a chuva no rosto 'adoro isto' - 'pois é, é bom'
E começou a haver tanta coisa e pormenores que começaram a ganhar vida e a fazer parte dela, que parecia mesmo que ia dar certo e gostava que soubesses no teu íntimo que estava ali por ti para qualquer coisa e era só pedires, gostava de saber como estavas, pensava em ti com carinho e até lá no fundo preocupava-me se estavas bem, se precisavas de alguma coisa, como estavas de saúde, para além dos olhos e guardei religiosamente a informação de seres alérgica penicilina, não gostava que andasses a conduzir à noite (quando foste estudar, algo que me deixou super feliz era o que mais me preocupava) ainda por cima o carro aquecia então fui contigo para o teu trabalho em tv, se se metiam contigo na estrada mas tu conduzias bem (as saudades que tenho em andar ao teu lado contigo a conduzir e vice-versa) não gostava que andasses de um lado para o outro a esforçares-te e a gastar então ia de transportes ter contigo e às vezes ias-me buscar à estação...
'Eras linda no verão e a ir para praia com o rádio alto numa rádio qualquer com música novas'
Lembro-me todos os dias de algo que me trás sempre um sorriso.
Da primeira vez que saímos e do passeio que deu uma volta ao mundo, desde o nilo a nevada dando um salto ao porto e todas as suas ruas ('já fomos por aqui?'). Lembro-me de toda a conversa que tivemos, de te ter conhecido ao longe pelo cabelo loiro e ter pensado ela está ali e então... fui, do sorriso lindo que deste à porta do café, do nervoso que eu estava e mostraste-me a tua mão a tremer, do café e de todos os outros que lá fomos tomar à hora do almoço (gostava tanto de lá ir) e do presente no misako, do desencontro na gulbenkian...
Do querermos contar ou mostrar algo e sermos nós quem procurávamos, de nos motivarmos.
Os fundos que partilhávamos, as mensagens, as saudades que sentíamos quando ías para longe, das primeiras mensagens que enviávamos por telemóvel enquanto trabalhávamos e toda a gente falava, telefonava-te antes de entrar nas aulas, do dia em que saímos e chovia e não comprámos o chapéu de chuva e corremos até ao carro e nos beijámos a primeira vez, quando parámos à tua porta e disseste 'queres entrar?' e mostraste-me a casa e falámos e deste sapatadas na barriga do pierre, adorava ir buscar-te a casa e ir deixar-te (embora preferisse estar contigo, quando fizeste aquela cara tão querida) por aquele caminho lá por trás onde havia aquela casa à venda, de ficarmos à tua porta a conversar, estacionar lá o carro e ficarmos juntos a ver um filme, de fumarmos no pátio e os toblerone que começaste a comprar, esperar por ti à porta a ler panfletos do correio até apareceres depois de ouvir a porta lá embaíxo a fechar e depois a porta abria cá em cima... e aconteceu uma ou duas vezes eu rir-me para quem não era 'olá, boa tarde', vinhas sempre te despedir às escadas, quando te disse 'sabes uma coisa ...inha? eu amo-te' lá ao fundo deitados, ir pôr o lixo lá acima.
Quando me enviaste a mensagem de parabéns e ter-te dito que era a melhor prenda que tinha recebido, porque só pensava em ti nos últimos meses, de levar o pc para vermos um filme e andarmos lá a ver como os programas funcionavam, eu que não sacava filmes mas depois comecei para a gente ver um de vez enquando que nenhum de nós tivesse visto, mostrei-te o snatch e tu a amelie, diarios de Che Guevara, kiss kiss bang bang, de nos teres feito sócios do blockbuster e alugavas sempre dois, daquele filme horroroso ´vamos parar de ver isto' - 'sim, isto é muito sério', quando estávamos a ver tv e recomeçou o filme e os dios dissémos 'ah, afinal é isto que está a dar', de te ter emprestado o rato...
De quando te voltei a ver, de não teres dito a ninguém e ver o poema, de teres me contado um segredo, foram três coisas que me partiram o coração. Foram as provas mais lindas de amor que vi e querias que fosse eu a gostar de ti. E nunca te iria voltar a fazer o mesmo porque vi que não era necessário mas principalmente porque gostava de ti e não era problema nenhum. Das primeiras dúvidas que eram normais para mim e não faziam mal nenhum. Ainda hoje é assim dou-te o maior abraço do mundo porque te amo e esquecemos isso que não importa para nada.
O verão, a praia, divertíamos-nos tanto lá ('tens tantos sinais, tens que ter cuidado' disse a menina das pipocas ao sardento) os lugares fantásticos que começamos a ir, eu levei-te ao rap tu às ruínas do carmo que te ofereceram só a ti no teu trabalho, motelx, marionetas, e a todos os outros lugares que o botas deixava, íamos ao cinema com o cartão mágico, templários e vímos o cartaz dos james e lá fomos e afinal já lá tinhas ído 'a sério! que pontaria. és mesmo má' e mostraste a serra de são mamede de onde víamos o marvão e espanha, ba, víamos sempre alguém conhecido nas nossas saídas (Carmo-Teresa Salgueiro; Jorge Palma-Júlio Isídro; SBSR10-Mazarra; Mando Diao-os Mando Diao ) de me dizeres se queria ir contigo ao dentista e depois fomos comer uma sopa.
A invasão de mosquitos em casa, telefonares-me por causa da tampa do carro, à noite estar a pôr água no carro com a minha laterna, 'roedor anão, doce, iart, frou e boo - o que é um boo - ... usher... sobrinho... ser boo é fixe'
'A cara arranhada e a comichão no nariz'
De quando te telefonei 'comprei algo para nós' - 'já sei o que é', dos tenis que estraguei e fui trocar e voltou a acontecer...
Falta uma para fazer a triologia