Ela era tão linda. Às vezes olhava para ela e era mesmo linda. Isso e estar com ela por vezes tirava-me a respiração, literalmente.
Às vezes dizia-lhe o quanto linda era, outras guardava para mim, fazia o meu segredo, e tinha tantos sobre a beleza dela. A dona destes cabelos loiros lindos que lhe ficam tão bem é linda de morrer, é a rapariga mais linda que existe. Ficava tão bonita quando o apanhava. Ela cheirava tão bem. A roupa dela cheirava bem. Era tão bonita quando aparecia nas escadas. Adorava ve-la de pijama, ficava ainda mais linda de óculos Tinha o pescoço perfeito que ia dar aqueles ombros femininos. Uns pés tão queridos (é mesmo este o adjectivo, eram mesmo queridos). E sempre que nos amavamos descobria sempre um sinal, um contorno, uma forma, um tremer e amava-a a pensar nela.
Não mudava um centimetro nela. Ela nasceu linda. E tinha tudo o resto. Estava sempre a apaixonar-me por ela.
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